A Netflix conseguiu um grande feito para seus assinantes na América Latina ao adquirir os direitos de primeira janela de exibição dos filmes da Paramount Pictures. Isso significa que filmes recém-saídos dos cinemas logo estarão disponíveis na plataforma de streaming, com exceção notável do Brasil, onde o Paramount+ continuará a ser a casa dessas estreias. A medida fortalece a oferta da Netflix na região, enquanto destaca uma estratégia distinta adotada pela Paramount no Brasil.

O que significa “primeira janela”?

A primeira janela de exibição é um termo crucial na indústria cinematográfica que se refere ao primeiro ciclo de disponibilidade de um filme fora dos cinemas. Tradicionalmente, este período é reservado para lançamentos em plataformas de streaming ou venda e locação digitais. Para os consumidores, isso significa acesso mais rápido a lançamentos recentes no conforto de suas casas, uma tendência que tem remodelado as expectativas e o consumo de mídia em todo o mundo.

Como isso afeta o futura para Paramount+?

Com a Netflix garantindo direitos tão significativos, surgem questionamentos sobre o futuro do Paramount+ em mercados onde ele competia diretamente por conteúdos de primeira linha. Para a Netflix, embora seja uma vitória na América Latina, este movimento pode gerar desafios em outros mercados, exigindo negociações delicadas e, potencialmente, reações dos concorrentes.

Especialistas especulam que, caso essa tendência se espalhe globalmente, o Paramount+ poderia enfrentar dificuldades, pressionando a empresa a reconsiderar suas estratégias. Ao longo dos últimos anos, a Paramount vem enfrentando grandes inconsistências não só em sua plataforma de streaming, como também em sua empresa, que vem passando por constantes ondas de layoffs. Com 95% de suas séries originais canceladas ou encerradas, a plataforma de streaming tenta se manter relevante com uma coletânea de reality shows e transmissões ao vivo de esportes.

Avatar Studios e Netflix

A parte que nos interessa dessa nova parceria é como ela pode afetar as futuras produções do Avatar Studios, que recentemente anunciou uma nova trilogia de filmes animados no universo de Avatar a partir de 2026. Se a Netflix também conseguir adquirir direitos exclusivos para as novas produções ao redor do mundo, isso poderia não apenas enriquecer seu catálogo, mas também alterar significativamente a paisagem competitiva do streaming, considerando que Mike DiMartino e Bryan Konietzko, nomes que estão a frente do Avatar Studios, já demonstraram insatisfação com a Netflix após deixarem a produção em live-action ‘Avatar: O Último Mestre do Ar' por divergências criativas.

Vale lembrar, entretanto, que o Avatar Studios e a Netflix vêm colaborando para a produção em live-action. O estúdio dedicado ao Avatarverso se tornou um ponto importante de consultoria e enriquecimento de história com informações inéditas para o aprofundamento do roteiro da série.

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